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Capítulo 241
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Marco Antônio se sentia nervoso, “Vó, não era bem isso que eu estava pensando.”
“O que você está pensando é irrelevante, o que importa é o que a Carla pensa sobre isso.” continuou Dona Luisa. “Você perdeu a melhor oportunidade de contar a verdade para ela, agora não adianta tentar se justificar. Apenas dê o seu melhor de hoje em diante e ela vai entender que as suas intenções são boas.”
Enquanto falava, Dona Luisa teve uma ideia, “Espera aí, vocês até já dividiram a mesma cama. Carla comprou sapatos para você, como ela não saberia que você é o marido dela?”
Marco Antônio sabia que as avós entenderam errado, e ele achou que a melhor opção era inventar uma história sobre aquela noite, “Nós não dormimos juntos. Eu e Carla estávamos em viagem a negócios na capital, quando de repente ela se sentiu mal, perguntei à avó dela sobre sua saúde, a vó Lídia, preocupada, ligou para Carla, eu atendi a chamada para evitar que Dona Lídia se preocupa**e, e tudo acabou nesse mal–entendido.”
Vỏ Luisa ficou desanimada, parecia que seu desejo de ter um bisneto teria que ser adiado novamente, “Então, mas a história de Carla comprar sapatos para você não é falsa, né?”
Marco Antônio respondeu com tristeza na voz, “Ela comprou para o Lucas Bento.”
“Você ainda está com ciúmes.” A velha senhora tocou sua testa, “A coisa mais importante entre um casal é manter a sinceridade. Ela nem sabe a sua verdadeira identidade, como vão viver juntos pro resto da vida? Você que criou essa história, vai ter que dar um jeito de esclarecer tudo isso.”
“Sobre o que estão conversando?” Dona Lídia acordou e, com a ajuda da enfermeira, foi para a sala de estar.
Marco Antônio imediatamente foi ajudá–la a se sentar, “Vó, você ainda está sentindo alguma dor?”
“Estou bem, e por que veio sozinho novamente?” Dona Lídia sabia que sua saúde estava se deteriorando, e esperava que eles fossem visitá–la juntos.
Neste momento, Dona Luisa interviu, “Ele veio para pedir conselhos sobre como cuidar do casamento. Ele está preocupado, pois teme não conseguir ter uma boa relação com Carla. Não devemos pressioná–los ainda mais, deixe que se resolvam.
Dona Lídia perguntou, “Você brigou com Carla de novo?”
O telefone tocou antes que Marco Antônio pudesse responder.
Era uma chamada de vídeo, da pessoa de quem estavam falando. “É a Carla.“, Dona Lídia ficou feliz quando viu que era ela.
Dona Luisa lembrou de um detalhe, “Lídia, espere um minuto. Carla não sabe que ele está aqui, não vai dizer nada errado.”
Dona Lídia atendeu a ligação, “Carla!”
Carla disse, “Vó, meu chefe estará com a esposa nos próximos dias e me deu uma folga, gostaria de visita–las no Jardim Vista Alegre amanhã, posso ir?”
Dona Luisa, que estava ao lado dela, encarou Marco Antônio, ele sempre tinha que inventar alguma história, enquanto poderia simplesmente dizer que queria tirar um dia de folga.
“De Salvador até aqui são mais de duas horas, é melhor você não fazer uma viagem tão longa.”
Carla respondeu: “Chegarei rapidinho de carro.”
“Então tudo bem.” Dona Lídia sentia muita falta da neta, e além da vida pessoal, ela sempre perguntava sobre o trabalho, “Carlita, como está o seu trabalho ultirnamente?”
Carla sabia o quanto a avó se interessava pelo seu trabalho, então ela sempre era muito detalhista quando relatava os acontecimentos. Claro, ela sempre focava no que tinha de bom, e evitava mencionar o quão duro era o trabalho. “Vó, deixe–me contar, o meu chefe é um homem muito bom. Não apenas com sua esposa, mas também com todos nós, funcionários. Ele até me deu um carro da empresa há alguns dias.”
“Um carro de graça? O seu chefe te deu um carro?” Dona Lídia não conseguia entender tamanha generosidade, “Ele tem algum sentimento a mais por você?”
“Não foi apenas para mim, muitos funcionários da empresa também receberam. Meu chefe é uma pessoa muito correta, ele não teria esse tipo de pensamento inadequado por mim.”
“Que bom então.”
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