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Capítulo 244
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Carla disse: “Queria muito levar a vovó para pa**ear, mas a saúde dela não está nada boa.”
Jean a confortou: “Deixe–a descansar um pouco, você pode levá–la quando ela se recuperar.”
“Mas tenho medo de ser tar de demais.” Carla teve uma conversa privada com o médico, e apesar da avó estar seguindo o tratamento, sua idade avançada tornava a situação pouco promissora.
Carla se entristecia sempre que pensava na história da sua avó, que trabalhou duro durante toda a vida toda e adoeceu antes que pudesse desfrutá–la.
Maria sugeriu: “E se a trouxéssemos para morar aqui conosco? Nós duas dividimos um quarto e vovó fica no meu.”
Carla negou com a cabeça: “Minha vó já decidiu morar com a avó do Lucas Bento em Jardim Vista Alegre. Ela não quer voltar a morar comigo, pois quer que foque no trabalho.”
Maria refletiu: “Os idosos trabalham toda a vida pelos filhos, mas quando eles precisam de cuidados, se preocupam em incomodá–los.”
Carla replicou: “Maria, amanhã viajo para Jardim Vista Alegre, ficarei dois dias com a vovó. Vamos ao shopping depois do jantar? Quero comprar algumas roupas para ela.”
Maria questionou: “Você não precisa trabalhar?”
Carla respondeu: “Meu chefe está com a esposa e nos deu alguns dias de folga.”
Maria disse: “Cada dia que pa**a invejo mais o seu trabalho.”
Carla riu e afirmou: “Você quer se a do meu chefe, isso sim.”
Maria: “Você acertou novamente.”
As três riram e terminaram de jantar. Jean ficou lavando a louça e limpando a cozinha, Carla e Maria foram ao shopping.
Carla levou a amiga no shopping onde dava para encontrar de tudo, o mesmo onde ela havia comprado sapatos antes.
Carla levou Maria direto para o terceiro andar, onde tinha várias lojas com roupas para idosos. Na segunda loja Carla se interessou por um casaco de primeira.
A peça não era apenas bonita, mas também muito confortável. Carla adorou e decidiu comprar logo dois. Mas levou um susto quando viu o preço, cada um custava mais de quinhentos reais, mesmo com desconto.
Ela teria pensado duas vezes se fosse para ela mesma, mas não hesitou já que era Carla para a avó.
Depois dos casacos, Carla comprou mais algumas roupas e sapatos, tudo para a avó.
Como as duas avós moravam juntas, ela não podia levar presentes só para uma, e acabou comprando tudo em dobro.
Maria disse: “Faz tanto tempo que você não compra nada para si mesma, por que não leva algumas roupas?”
Carla também queria comprar algo para si, mas recentemente tinha gastado tanto que não conseguiria. “A maior parte do tempo só uso o uniforme de trabalho, melhor não desperdiçar dinheiro com algo que nem terei tempo para usar.”
Maria sabia que Carla era uma pessoa muito modesta e gostava de economizar, então a puxou para a seção de roupas femininas, “Você precisa comprar algo hoje.”
“Não farei isso mesmo.” Carla se sentiria insegura se não tivesse dinheiro no banco, e depois de ter gasto tanto nas últimas semanas, ela não podia mesmo gastar dinheiro à toa.
Maria sentiu pena: “Amiga, você precisa cuidar mais de si mesma e se dispor a usufruir do que ganha consigo mesma também.”
“Quando eu terminar a reforma e tiver minha própria casa pensarei em comprar outras coisas.” Carla se sentia muito temerosa por não ter um lar tradicional. Isso a fazia sentir sempre uma falta de segurança.
Ela achava que só se sentiria segura quando tivesse um lar estável que fosse dela.
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